17 novembro 2005

Homossexualismo entre os padres... é um problema típico do mundo moderno: foi isso que ele quiz dizer?

No Maranhão, a polícia analisa material apreendido na casa do padre Félix Carreiro acusado de abuso sexual de menores.
Os policiais recolheram o computador que o padre usava para trocar mensagens com os menores. Também foram apreendidos disquetes, fitas de vídeo, agendas telefônicas e preservativos.
“O material será analisado e tudo aquilo que for envolvido ao caso, vamos encaminhar para fazer parte do processo judicial”, diz Marcos Afonso, superintendente da Polícia Civil.
Em conversas na internet, o padre pede a um rapaz que convide outro adolescente para um encontro. Em seguida, marca o horário: depois das oito da noite.
Em outro trecho, um dos menores se mostra surpreso ao saber que Félix Carreiro era padre. Diz que sabia apenas que ele era professor.
Há dez dias, Félix Carreiro foi flagrado em um motel com quatro rapazes. Dois eram menores de idade. O padre está preso no quartel da Polícia Militar, em São Luís.
A polícia tem até sexta-feira para concluir o inquérito que apura as denúncias de exploração sexual contra o padre Félix Carreiro. Em uma semana, foram ouvidas 23 pessoas, a maioria adolescentes. Eles afirmaram ter mantido relações sexuais com o padre.
O inquérito, de quase 200 páginas, será analisado pelo Ministério Público. Só então vai ser encaminhado à Justiça, que terá 81 dias para dar a sentença.
O arcebispo emérito da arquidiocese de São Luís, dom Paulo Ponte, admitiu que tinha conhecimento de que Félix Carreiro se relacionava com rapazes e não descarta a possibilidade de que outros padres mantenham relações sexuais com menores.
“É bem possível sim, pelo que a gente escuta, é um problema típico do mundo moderno. Nós precisamos ficar mais atentos em toda parte e temos que enfrentar agora com mais cuidado”, declara Dom Paulo Ponte, arcebispo de São Luís.

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